Doença de Chagas
15/04/2020
Pode-se manifestar de várias formas, desde pouco sintomática até formas agudas e graves.
Fase aguda (Doença de Chagas Aguda - DCA): caracterizada por acometimento cardíaco, com vários graus de severidade. Manifestações comuns: febre prolongada e recorrente, cefaléia, mialgias, astenia, edema de face ou membros inferiores, linfadenopatia, hepatomegalia, esplenomegalia, ascite, rash cutâneo. Manifestações digestivas (diarréia, vômito e epigastralgia) são comuns quando a transmissão ocorre de forma oral, podendo haver icterícia, lesões em mucosa gástrica e hemorragia digestiva. Na transmissão vetorial (mosquito) pode haver sinais de porta de entrada: sinal de Romaña (edema bipalpebral unilateral) ou chagoma de inoculação (lesão semelhante a furúnculo que não supura). Meningoencefalite pode ocorrer em lactentes ou em casos de reativação (imunodeprimidos).
Alterações laboratoriais: anemia, leucocitose, linfocitose, plaquetopenia; alteração em enzimas hepáticas, provas de coagulação e marcadores de atividade inflamatória (velocidade de hemossedimentação, proteína C-reativa, etc).
Fase crônica: passada a fase aguda ocorre redução da parasitemia. Para ser considerado crônico, é necessária a comprovação de contato com o T. cruzi (sorológico ou parasitológico). Pode evoluir para uma das formas: a) Indeterminada: é a forma crônica mais freqüente; pode durar toda a vida ou, após cerca de 10 anos, evoluir para outras formas. b) Cardíaca: importante causa de limitação e morte do chagásico crônico. Pode apresentar insuficiência cardíaca de diversos graus, arritmias, acidentes tromboembólicos, aneurisma de ponta do coração, morte súbita. c) Digestiva: sugerem megaesôfago: disfagia, dor retroesternal à passagem do alimento, regurgitação, epigastralgia, odinofagia, soluços, excesso de salivação, hipertrofia de parótidas; casos mais graves podem apresentar esofagite, fístulas esofágicas, alterações pulmonares por aspiração de conteúdo de refluxo gastroesofágico.
Para maiores informações, entre em contato com o Dr Vicente Antonello.
Referências: Ministério da Saúde.